O ministro da Economia do governo Bolsonaro, Paulo Guedes, que pretende acabar com privilégios dos “parasitas” que ocupam cargos públicos e a mordomia de empregadas domésticas que, segundo ele, “viajavam para Disneylândia com o preço baixo do dólar”, recebe dos cofres públicos R$ 8,2 mil de auxílios moradia e alimentação, uma espécie de “bolsa” para o fundador do banco Pactual pagar gastos para morar e comer, pois recebe R$ 30,9 mil de salário na função.
O valor que Guedes recebe de auxílios por mês daria para pagar quase quatro viagens à Disneylândia, no pacote mais econômico, de três diárias, vendido pela CVC a R$ 2.131, segundo informações da revista Fórum.
Somente de auxílio-moradia, Guedes recebe R$ 7.733 por mês, o teto permitido por lei, além de passagens para ir de Brasília ao Rio de Janeiro, município no qual tem moradia fixa. Entre as 60 viagens bancadas com dinheiro público em 2019, 38 foram realizadas a partir de quinta-feira, tendo como destino o Rio.
Segundo a coluna Painel, da Folha de S.Paulo nesta sexta-feira (14), ao citar dados do Portal Transparência, dos 22 ministros, ao menos cinco não recebem auxílio para alimentação e 11 não ganham o de moradia.