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Nesta segunda-feira, 20 de novembro, quando comemoramos o Dia da Consciência Negra, dados demonstram que o Brasil ainda está longe de exterminar o racismo e oferecer igualdade de oportunidade homens e, principalmente, mulheres negras.
Estudo do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, lançado em julho, mostram que os casos de racismo no Brasil tiveram aumento de 68% em 2022. Foram registradas 2.458 ocorrências no último ano. Em 2021, houve 1.464.
Em menor proporção, a quantidade de notificações por injúria racial também aumentou no país. Foram 10.990 no último ano, ante 10.814 em 2021.
Funcionalismo público – No que tange o mercado de trabalho do setor público, e estudo estão os negros no serviço público? revela que, mesmo sendo a maioria da população brasileira, as pessoas negras representam menos de 15% do total de cargos de tomada de decisão do executivo federal.
Outro fato que merece destaque é o abismo salarial entre homens brancos e mulheres negras em cargos de gestão no serviço público. Uma mulher negra ganha um salário 33% menor que um homem branco, ocupando a mesma função.
Por outro lado, os dados indicam um aumento de 153% no número de pessoas pretas que ingressaram no setor.
Para a presidenta do Sispesp, e diretora da Mulher, de Gênero e Igualdade Racial da Fessp-Esp, Kátia Rodrigues, esse aumento pode indicar os efeitos da política de cotas em concursos públicos implementada a partir de 2014.
Segundo Kátia Rodrigues, não basta apenas combater o racismo, é preciso criar mecanismo que visem garantir igualdade de oportunidades para pessoas negras na sociedade e no mercado de trabalho.
“É preciso saldar essa dívida histórica e trabalharmos para avançarmos rumo a uma sociedade justa e igualitária. E um dos caminhos é por meio de ações afirmativas”, garante ela.